Refúgio para insectos polinizadores, projecto de BEEbedor e aBEElhário

 

Abstract

Com o intuito de ajudar na proliferação de insectos polinizadores, que ao longo dos anos, segundo os cientistas, têm sofrido por diversas causas uma drástica diminuição nas populações, situação esta, que se encontra relatada em inúmeros estudos científicos, e que se torna preocupante uma vez que estes animais são importantes para a reprodução de culturas vegetais, e consequentemente para a humanidade. Dentro dos conceitos de animal design, foi desenvolvido um local de nidificação e um bebedor para insectos polinizadores o “aBEElhário” e “BEEbedor”.

Este estudo, ainda na fase inicial teve resultados prometedores, sendo que o bebedor é o objecto que mais se evidencia na utilidade demonstrada durante esta amostra temporal.

O local de nidificação foi ocupado por espécies de insectos polinizadores mas tem de ser monitorizado durante mais tempo.


aBEELhário refugio para insectos 



Contextualização

Um estudo feito pela universidade de Sydney, o investigador Francisco Sánchez-Bayo, revelou ao jornal «The Guardian», as preocupações do seu estudo “The Decline of Insect Populations”[1] (2019), os insectos estão com uma perda de população na ordem dos 2,5% por ano, nos últimos 25 a 30 anos, estimando o referido autor, que daqui a 10 anos, existirão apenas um quarto da população actual de insectos, se nada for feito daqui a 50 anos existirá apenas metade da população actual, e até 2120, haverá a extinção de um grande número de espécies de insectos.

Os factores predominantes apontados são, a intensificação massiva da agricultura, assim com a consequência da utilização massiva de agentes agro-tóxicos, como os insecticidas para controlar determinadas espécies de insectos que são consideradas predadores agrícolas, ou espécies herbícolas consideradas como invasoras de culturas. Em alguns países da União Europeia, como a França, determinados agro-tóxicos como fluorfosfato[2] foram proibidos.

Segundo o site «wilder.pt» [3], foram banidos da UE, os pesticidas como o clorotalonil[4], usado no combate ao míldio da batata, em uso desde os anos 60 do século XX, este foi banido por terem sido feitos estudos que apontam que este pesticida é responsável por possíveis danos ao ADN humano, tendo este pesticida sido responsável por malefícios em anfíbios, peixes e insectos, segundo os estudos efectuados pela Efsa – Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar, esta decisão só irá ter repercussões, quando saírem as directivas do UE, previstas para serem aprovadas em Maio de 2019, tendo sido adiadas para o ano de 2020



[1] Gamble, Z. (2008). Bees declared the winners in Earthwatch’s ‘irreplaceable species’ battle. Ecology, The Environment and Conservation   Retrieved abril 2019, 2019, from https://www.innovations-report.com/ecology-the-environment-and-conservation/bees-declared-winners-earthwatch-s-irreplaceable-122930/

[2] Maeterlinck, M. (1944). A vida das abelhas (C. d. Figueiredo, Trans. 9ª ed.). Lisboa: Livraria Clássica Editora


Problema

Declínio dos Insectos

Segundo Carla Rego[5] (2019), entomóloga (estudiosa de insectos) estão identificadas actualmente em Portugal 680 espécies de Abelhas, e de todas estas espécies poucas são as “boas” para produzir mel, mas todas são insectos polinizadores.

Nas cidades, refere a mesma investigadora[6], quando chega a Primavera, há o eclodir das ervas ditas daninhas, que a etomóloga, prefere apelidar de ervas espontâneas, que brotam por toda a zona urbana e que as autarquias se apressam a cortar ou aniquilar com herbicidas, sendo estas plantas consideradas invasoras.

Cristina Faria Moreira, jornalista, escreve no seu artigo no jornal «Público», (25 de Março de 2019) ao referir-se a um estudo publicado em Janeiro de 2019, na revista Nature Ecology and Evolution, em Inglaterra, liderado pela investigadora Katherine Baldock, que falou sobre o estudo ao jornal britânico «The Guardian», referindo-se ao seu objecto de estudo, a presença de abelhas e de outros insectos polinizadores em quatro cidades do Reino Unido — Bristol, Reading, Leeds e Edimburgo — entre 2012 e 2013, em hortas urbanas, jardins domésticos, cemitérios, superfícies verdes construídas em edifícios (como parques de estacionamento e outras edificações presentes nestas zonas urbanas), parques verdes e jardins públicos, reservas naturais, e outros espaços verdes, incluindo ervas espontâneas que surgem em passeios e bermas de estrada, espalhados pela zona urbana destas cidades.

Nesse estudo uma das plantas referidas como exemplo de erva espontânea por ser um importante fornecedor de néctar e pólen aos insectos, é o Dente-de-leão (Taraxacum sp.), comum em vários países da europa, inclusive em Portugal.

A autora do estudo refere na sua entrevista que, “As pessoas tendem a pensar nestas plantas como ervas daninhas, mas estas são realmente importantes para os polinizadores”, o referido estudo, conclui que as hortas urbanas, apesar da área reduzida que possam ter, são lugares bons para os insectos polinizadores dentro das cidades uma vez que têm uma grande variedade de flores, frutos e vegetais, além de plantas nativas.

Por outro lado, as hortênsias, as miosótis e as margaridas mostraram ser as plantas menos procuradas pelos insectos polinizadores, por oferecerem baixos ou muito baixos recursos de pólen e néctar.



Segundo Carla Rego investigadora da Universidade de Lisboa, referida por C.F. Moreira, no seu artigo no jornal «Público», estes insectos polinizadores, são responsáveis por “cerca de 80% dos alimentos de origem vegetal” que são consumidos na alimentação dos humanos e dos outros animais e que dependem do processo de polinização.

 

A perda de biodiversidade de polinizadores, não está a verificar-se a uma escala local, nem é um problema exclusivo da União Europeia. São dados que se estão a verificar a nível mundial independentemente do tipo de habitat. “É um aspecto bastante preocupante porque nós vivemos dentro de um ecossistema e estamos todos muito interdependentes. Dependemos das plantas, dos insectos. Esta perda que estamos a observar pode ter consequências muito grandes para o nosso futuro”, refere Carla Rego. “Quando começamos a aplicar um produto químico, o fabricante escreve os efeitos que considera benéficos contra as pragas agrícolas, mas cada vez há mais indicações de que existem efeitos secundários que vão afectar outros insectos e organismos”, explica a investigadora. “Há menos insectos porque acabam por ser sensíveis aos pesticidas aplicados”. Este declínio tem ainda consequências directas nos insectos polinizadores, e em outras espécies, como sapos, aves, e outros animais que se alimentam destes.

Que atitudes se podem tomar para menorizar estes factos.

Segundo Carla Rego, já existem algumas autarquias em Portugal sensibilizadas para esta realidade, construindo redutos para fomentar a polinização das espécies vegetais, seja por não cortar ou pulverizar as espécies vegetais espontâneas logo que começam a despontar, mas por vezes a compreensão dos munícipes é difícil. “Mesmo quando querem fazer algum esforço para deixar alguma vegetação disponível, as pessoas queixam-se porque isso é um indicador de desleixo. As coisas ficam menos bonitas e as pessoas não gostam. É apenas importante deixar ficar sempre mais umas semanas (as espécies espontâneas[1]) enquanto há o ‘boom' da floração para que os nossos insectos nas cidades possam usufruir dessas plantas”, podendo ser cortadas quando começarem a secar, diz a investigadora. Sendo as hortas urbanas consideradas os melhores refúgios para os insectos polinizadores, melhores que jardins pois as flores ornamentais são pouco atraentes para estes insectos, pois têm pouco néctar e pólen, e muitas vezes as flores são fechadas como é o caso das rosas. Para os jardins as plantas indicadas para a polonização são as ditas plantas aromáticas, como o rosmaninho, lavanda, basílico (manjericão).

A importância dos insectos polinizadores é comprovada por vários estudos científicos, assim como o seu declínio devido às agressões ao meio ambiente, urge portanto que sejam tomadas algumas medidas para mitigar o seu declínio, pois os insectos com maior capacidade de adaptação aos insecticidas são as moscas e baratas.

Em 2008 a Royal Geographical Society de Londres, no evento Earthwatch, nomeou as abelhas como os mais importantes seres vivos do planeta, pois são responsáveis pela polonização e 90% das espécies vegetais que necessitam de ser polonizadas[1].

As várias espécies de abelhas e insectos polinizadores são por isso o ponto de partida para este estudo.

Pergunta de partida

Será que um objecto que permita a mitigação dos insectos a nível doméstico seria passível de ser usado pelos destinatários, os insectos polinizadores e ou de preferência abelhas?

Incentivo à polinização

A polinização das espécies de flora é essencial à vida, tanto humana como animal, os principais agentes de polinização serão os ventos, os pássaros e os insectos, e dentro destes os que tem mais importância na polinização são as várias espécies de abelhas. Segundo o autor Belga, Mauricio Maeterlinck[2] no seu livro «A vida das abelhas» (1901) afirma “Calcula-se, com efeito, que mais de cem mil espécies de plantas desapareceriam se as abelhas não as visitassem.” (pág.225).

Este projecto destina-se a pessoas que tenham algum tipo de cultura floral, seja em jardim, horta comunitária ou outro espaço verve. As várias espécies de abelhas para efectuarem bem a polinização necessitam de um local para nidificar, e também um local para beber água essencial para que o processo de transformação do pólen e néctar em alimento seja possível.

Não é intenção deste projecto criar um objecto para uma espécie específica de abelha e muito menos desenvolver uma colmeia para que seja possível retirar mel. É sim um incentivo a que as abelhas visitem com regularidade o espaço onde o ninho e o bebedor sejam colocados. Por isso foram desenvolvidos um local de nidificação (aBEElhário) e uma piscina/bebedor (BEEbedor), para tentar perceber se estes locais serão ocupados por espécies de abelha solitária ou social.

BEEbedor piscina/ bebedor para insectos

BEEbedor composto por pedras ocas de cerâmica para evitar afogamentos


As abelhas como exemplo para incentivar a polinização.

As várias espécies de abelhas existente no país e no mundo são importantes e são estudadas as suas necessidades, e destas, as que nidificam em espaços urbanos e rurais, em locais fechados e ao abrigo de luz são importantes agentes de polinização de culturas agrícolas e de flores.

Segundo a dissertação Mafalda Carvajal Rocha[1] (2017) apresentada na Faculdade de Ciências, no departamento de biologia animal em Portugal, refere que:

“Em Portugal verifica-se uma carência de estudos relacionados com abelhas silvestres, sendo que no âmbito do presente estudo - abundância e diversidade de abelhas (Hymenoptera: Apoidea) em centros urbanos - não existem trabalhos portugueses publicados. A última publicação relativa à diversidade de abelhas presentes em todo território português data de 1960 e contava com apenas 143 espécies (Diniz 1960).

Existe atualmente uma lista provisória (Baldock et al. por publicar) de todas as espécies identificadas no continente português até ao presente que já registou 663 espécies de abelhas. Nos últimos 15 anos tem havido um aumento considerável na recolha de abelhas para registo em Portugal, com especial incidência no Algarve, que já acrescentou cerca de 350 espécies à atual lista, mas onde o norte ainda se encontra subestimado. Por outro lado, Nieto et al. (2014) tinham estimado para Portugal, entre 315 e 434 espécies de abelhas, das quais 11-25 espécies seriam endémicas, 1-3 ameaçadas e para 92- 137 não se conhece o estado de conservação (Data Deficient).” (pág. 4)

Neste estudo efectuado por Rocha em 2017, foram capturadas 66 espécies de abelhas, aqui se relata que a maior parte das abelhas capturadas são da espécie solitária que nidificam em cavidades e no solo e são generalistas florais, referindo ainda neste trabalho a autora que a diversidade floral é benéfica para estes insectos polinizadores. Segundos estudos consultados pela autora (pág. 7), o estudo feito por Matteson (2008), existem espécies a nidificar em vários sítios, cavidades em muros ou outras, perto de 46% das espécies, colmeias 19%, cercas ou troncos de madeira 1,6%, madeira apodrecida 1,2%, arbustos densos 7%. Sendo que mais de 50% destas são do tipo de abelha solitária que não produz mel e aproximadamente 39% abelha social.

Dentro destas espécies, nos vários estudos consultados pela autora, esta refere que as abelhas de maiores dimensões procuram alimento em distâncias mais longas que as de menores dimensões.

“A dimensão das abelhas pode também ter um papel significativo, pois espécies sociais de tamanho considerável, como os abelhões, conseguem voar distâncias mais longas para encontrar alimento do que espécies mais pequenas (Gathmann & Tscharntke 2002, Greenleaf et al. 2007, Klein et al. 2008, Holzschuh et al. 2008). Abelhas de pequenas dimensões, do género Lasioglossum, por exemplo, não dispersam mais de 600 m para se alimentar (Jenkis & Carman 2016, Zurbuchen et al., 2010). Consequentemente, os recursos florísticos e de nidificação das abelhas mais pequenas terão que estar em maior proximidade do que para outras espécies maiores (Feon et al. 2010).” (pág. 5)

Dentro das várias espécies de abelhas, sejam elas produtoras de mel ou não, existem 2 tipos genéricos de abelhas, as que fazem uma dieta de pólen generalista que se apelidam de polilética, e as que são de dieta de pólen especializado chamadas de oligolética.



[1] Rocha, M. C. (2017). Diversidade e Abundância de Abelhas (Hymenoptera: Apoidea) Num Espaço Verde Urbanizado Em Lisboa: A Tapada da Ajuda. Universidade de Lisboa Lisboa

Na sua dissertação Rocha (2017) descreve assim o seu estudo (pág. 32) “Das 57 espécies identificadas, 41 (72% das espécies) apresentaram uma dieta de pólen generalista, polilética, enquanto que 16 (24% das espécies) apresentaram uma dieta de pólen especialista, oligolética. Já na percentagem de indivíduos, 89% dos indivíduos apresentaram uma dieta generalista e 11% dos indivíduos eram especialistas. No entanto, quando Apis não foi tida em conta, 79% dos indivíduos apresentou uma dieta generalista e 21% eram especialistas”.

As abelhas são predominantemente um insecto de época, por serem um insecto polinizador que se alimenta de pólen, sendo quase inexistentes no período de inverno, começando a aparecer em março e tendo o seu fulgor coincidente com a primavera, nos meses de abril a julho, sendo o seu recolhimento ao ninho nos meses de outubro e novembro segundo o referido estudo.

Para o presente estudo as abelhas que mais nos interessam são as que nidificam em cavidades, que segundo Rocha (pág. 46) “(…)Por outro lado, a família mais diversa no presente estudo, Megachilidae, alberga espécies que habitualmente nidificam em cavidades. De facto, Cane et al. (2006) e Matteson et al. (2008) verificaram que abelhas que nidificam em cavidades tendem a prosperar em habitats urbanizados. Já a família Apidae foi a mais abundante, o que poderá ser explicado pela presença das espécies sociais A. mellifera, B. terrestris e B. ruderatus que foram muito comuns. Estes resultados divergem um pouco do estudo de Fortel et al. (2014) onde foram amostrados diferentes espaços verdes de Lyon, França, e na qual as famílias mais diversas e abundantes foram Halictidae e Apidae, enquanto que a menos diversa e abundante foi Megachilidae. “

Em Portugal existem apenas 5 tipos de abelhas que produzem mel, e que por se alimentarem de néctar e pólen são importantes polinizadores, mas não procuram culturas alimentares como os tomates e os mirtilos, que continuam a depender de abelhas selvagens e abelhões. Estas abelhas do mel que pertencem à família de Apidae, são designadas por a Apis Mellifera Mellifera; Apis Mellifera Ibérica; a Apis Mellifera ligustica; a Apis Mellifera Carnica; Apis Mellifera Caucasica. Estas abelhas têm um voo que pode ser considerado grande em relação aos outros tipos de abelhas selvagens. Dentro destas elas podem ser polilética ou especializadas em uma só espécie de flor, oligolética.

Todas as outras espécies de abelhas, abelhões e vespas polinizadoras apenas produzem alimento para consumo próprio, mas todas são responsáveis pela polinização de aproximadamente 76% da flora produzida na EU.

A União europeia lançou em julho 2020 a publicação «Conhece os polinizadores[1]» dirigida para os mais novos, sobre os principais insectos polinizadores, destes os que são importantes para este estudo, serão as várias espécies de abelhas, de onde foram retiradas as principais das informações das descrições em baixo, assim com do site da organização «Bumblebee Conservation Trust[2]».



[1] Europeia, D. e. U., & Europeia), D.-G. d. A. C. (2020). Conhece os Polinizadores Publications Office of the EU.

[2] Bumblebee. (2020). Mourning bee (Melecta albifrons).   Retrieved outubro 2020, 2020, from https://www.bumblebeeconservation.org/mourningbee/

Espécies de Abelha

Abelha solitária (Osmia spp) são os tipos de espécies de abelha selvagem, que constrói pequenos ninhos ao cuidado de uma só fêmea no solo ou em cavidade de muros. Esta família tem espécies que se reproduzem uma vez ao ano permanecendo durante o inverno em estágio e nascem na primavera. É uma abelha importante na polinização de alimentação e flores.

Abelha carpinteira (Xylocopa virginica) 19mm a 22mm, abelha de grandes dimensões escava túneis na madeira morta para colocar ovos, os machos não têm ferrão. Na sua fisionomia pouco se parece com uma abelha comum, devido a não ter a pelagem amarela e negra. É uma abelha negra com reflexos azul-púrpura nas asas, podem viver mais de um ano são solitárias, polinizam essencialmente árvores de fruto e algumas flores. Tem um alcance de voo de grande distância. Em risco de extinção em alguns locais.

Abelha de pomar europeia (osmia comuta) 10,6mm, voa a partir de início de março, nidifica em buracos de madeira ou paredes, podendo usar também caules secos em jardins ou pomares, é uma residente comum de hotéis de insectos. São importantes polinizadores das árvores de fruto e de flores. Tem um alcance de voo mediano dentro das espécies de abelhas polinizadoras.

Abelha pedreira espinhosa (osmia spinulosa) 6mm, abelha pequena que nidifica em conchas de caracol vazias sem contributo para a polinização de alimentação, prefere as flores da família das margaridas, das quais recolhe néctar e pólen. Tem uma pequena mobilidade de voo. Em risco de extinção em alguns locais.

Abelha corta folhas (Megachile rotundata) 10,3mm, abelha que foi introduzida como polinizadora por alguns agricultores, importante para polinizar cenouras, alfafa e outros vegetais e flores, nidifica em troncos velhos ou outros buracos e constrói as células dos ninhos com folhas cortadas. Pode nidificar em hotéis para insectos, tem pouco alcance de voo.

Abelha corta folhas (Megachilie), é uma abelha solitária que constrói ninhos com folhas de vegetação ou flores. Fazem facilmente os ninhos em hotéis de abelhas desde que estes estejam em locais isolados. Fazem ninhos em buracos e cavidades existentes especialmente em locais ensolarados e virados para sul. Voam com partes de folhas para fazerem os ninhos para as suas larvas, as fêmeas vão mastigar as folhas e criar uma célula aconchegante para colocar um ovo, em cada célula vai colocar uma mistura de pólen e néctar para a larva se alimentar, passando à seguinte, no final cela a cavidade com a pasta de folhas, as abelhas eclodem na primavera seguinte.

Abelha nómada pintada (Nomada fucata) 8,5mm, abelha muito similar na sua fisionomia com uma vespa, infiltra-se nos ninhos das abelhas-mineiras-de-pernas-amarelas e aí deposita os seus ovos no pólen que estas recolheram, estas abelhas não recolhem pólen mas visitam as flores para recolher o néctar, actuando assim como polinizadoras. Tem uma autonomia de voo muito pequena, e apenas visitam flores não tendo contributo para a alimentação. Pode apresentar duas épocas de voo por ano. Em risco de extinção em alguns locais.

Abelha-de-sulco-cinzento (Lasioglossum sexnotatum) 8,5mm, espécie pouco comum de abelha mineira, vive em sebes e arbustos, nidifica no solo, em hortas e jardins ou terrenos baldios, voa durante a primavera e verão. O seu voo é muito importante para alimentos e para flores. Tem pouco alcance de voo. Está em risco de extinção.

Abelha mineira de pernas amarelas (Andrena flavipes) 9mm, é uma visita importante para árvores de fruta, nidifica no solo, e pode apresentar duas gerações por ano, na primavera e no verão. É importante para a polinização de culturas alimentares, visitando também flores. Tem um alcance de voo relativamente curto.

Abelha Hera (Colletes hederae) 10mm, é uma das abelhas com mais rápida propagação neste momento no mundo. Voa no outono e recolhe o pólen das heras, sendo de importância vital para esta planta não tem contributo para a polinização de alimentos. Nidificam em grandes cidades de abelhas, podem ter ninhos próximos uns dos outros. Tem um bom alcance de voo.

Abelha cornuda rara (Eucera nigrescens) 10,5mm, esta abelha deve o seu nome às antenas muito longas dos machos, recolhem o pólen de flores da família das ervilhas, sendo também importantes para as flores. Voam essencialmente durante o mês de maio. Tem bom alcance de voo. Em risco de extinção em alguns locais.

Abelha de luto comum (melecta albifrons) 11,5mm, é uma abelha considerada de grandes dimensões tem uma pelagem grande que permite fazer a polinização, visita essencialmente as flores em busca do néctar, esta abelha é uma cleptoparasita, que se hospeda em ninhos pré feitos pelas hospedeiras, as abelhas de pés peludos, aí colocam os seus ovos. As larvas eclodem antes dos hospedeiros, que elas matam e consomem o pólen armazenado e o hospedeiro, eclodindo os adultos na primavera seguinte. Preferem as flores mas procuram também árvores de fruto como macieiras e cerejeiras. Existem algumas espécies diferentes de abelhas de luto comum, algumas ameaçadas de extinção.

Abelhas de pés peludos (anthophora plumipes) 10mm aproximadamente, é uma abelha solitária, que pode fazer ninho em grandes grupos. Nesta espécie, o macho e fêmea são bastante distintos, os machos são castanhos com pelagem colorida nos rostos, as fêmeas são basicamente pretas, com pelagem laranja/avermelhado nas patas traseiras, uma vez acasalada, recolhem pólen nas patas traseiras e transportam para as células do ninho, onde estão as larvas, quando estas têm alimento suficiente as células são seladas e na primavera seguinte irão eclodir as novas abelhas. Os ninhos podem ser no chão ou em paredes de argamassa macia.

Abelhão (bombus terrestris) nome genérico da espécie constrói ninhos com 50 indivíduos. Nidifica na terra ou em árvores, é importante para a polinização de flores e alimentos.

Abelhão da árvore (Bombus Hypnorum) 11 mm, abelhão comum encontrado em jardins, nidifica em buracos de árvores e em casas de pássaros. A comunidade é formada por uma rainha e 150 indivíduos. Voa na primavera e tem preferência por árvores de fruto e framboesas.

Abelhão-de-cauda-vermelha (Bombus lapidárius) 12mm, é um abelhão com uma cauda distintiva em laranja vivo, vive em zonas urbanas ou no campo nidifica no chão, e em tocas de ratos, importante para flores silvestres e é muito importante para culturas de alimentos. Voa durante a primavera e verão. Com uma boa capacidade de voo pode deslocar-se a distâncias grandes.

 Abelhão-cuco-boémio (Bombus Bohemicus) 16mm, é um cleptoparasita, nidifica em ninhos de abelhões-de-cauda-branca, não recolhe pólen mas visita flores em busca de néctar. Mais importante para flores e flores silvestres, que para alimentos. Com uma boa capacidade de deslocação de voo.

Similares às abelhas as vespas são também insectos polinizadores, algumas espécies de plantas são polinizadas exclusivamente por vespas como acontece com alguns tipos de figueiras.

Vespa germânica (Vespula germânica) 11-13mm, os ninhos são acima do solo, podendo ser nas paredes dos edifícios, ou em buracos e podem conter até milhares de indivíduos. As vespas rainhas hibernam durante o inverno e na primavera começam a construir os seus ninhos. Os ninhos que parecem ser feitos de papel podem alojar até 7500 operárias, antes do frio matar todas as operárias, excepto as rainhas. Têm um bom contributo para a polinização das flores e dos alimentos. Tem uma dieta diversificada que pode ir de alimentos processados pelos humanos como os doces, a outros insectos Têm um grande alcance de voo.

Vespa de papel (Polistes biglumis) 16mm, espécie de vespa social, constrói ninhos de papel resistente à água, acima do solo, usando fibras de madeira ou caules de plantas. Utilizam um sistema de reconhecimento baseado no odor que é a base de toda a interacção vespa – vespa a rainha da colónia produz um odor homogéneo e especifico que impregna nos ninhos de papel e que identifica toda a colónia, este sistema serve também de protecção à colónia identificando agentes estranhos. Têm um alcance de voo mediano. Voam durante a primavera, hibernando as rainhas durante o inverno.

Vespa comum (Vespula vulgaris) ou Vespa europeia (vespa crabro) 11mm a 17mm, constrói ninhos em cavidades, ou árvores e arbustos, podendo a comunidade ir de algumas dezenas a 2500 indivíduos. As características são semelhantes à vespa germânica.

Vespa europeia (vespa crabro) pode atingir os 25mm, é um insecto autóctone de Portugal, constrói o ninho em fibras de papel num tronco de árvore, numa fenda em casa, ninhos de madeira para aves, em locais com pouca iluminação, raramente fazem no solo como é habitual em algumas espécies de vespas, pode atacar abelhas mas apenas as moribundas. Estes ninhos são normalmente protegidos das intempéries e podem ser no interior de um espaço abandonado.

Vespa mediana (Dolichovespula mediana) 16-22mm, é uma vespa social, os ninhos são feitos de uma espécie de papel que pode ter origem em madeira ou fibras vegetais, são feitos acima do solo e podem conter até 800 indivíduos. Durante o inverno a rainha hiberna. Os ninhos são em forma de pinha, pendurados em árvores ou arbustos e a entrada faz-se por um buraco em baixo do ninho. É atraída por alimentos doces, e por isso poderá ser incómoda para as pessoas, se bem que não seja uma vespa considerada agressiva.

Vespa Filanta apívora (Philantus triangulum) 12mm, abastece as suas tocas no solo com abelhas do mel, o que lhe dá o epiteto de «lobo das abelhas» é uma espécie comum na europa, que nidifica em locais arenosos, e gosta de visitar as flores, sem grande contributo para a alimentação, têm uma excelente mobilidade no seu voo conseguindo voar longas distâncias.

Condicionantes de um ninho de abelha

O ninho deve ser colocado virado para o sol na maioria do dia, deve ser virado a sul ou a oeste se estivermos no sul da europa.

Deve ser colocado a pelo menos um metro do chão e perto de vegetação mas sem que esta o cubra ou lhe faça sombra, não deve abanar quando sujeito a ventos.

Segundo o site da «Bumblebee Conservation Trust», um Hotel de abelhas e insectos polinizadores, deve ter tubos com comprimento suficiente de preferência perto dos 15cm, é benéfico que tenham tubos de diferentes diâmetros ente 2mm a 10mm, assim poderá atrair várias espécies de abelhas, estes tubos devem ter uma das extremidades fechada pois caso contrário as abelhas não nidificam. Os tubos de alinhamento devem ficar protegidos da chuva e humidade para não ficarem molhados, estes tubos não devem ser de plástico para que não haja condensação nem favorecer o aparecimento de fungos e outras pragas que podem levar à destruição das larvas. As entradas dos tubos devem ser lisas e limpas. Os túneis devem ser acessíveis e removíveis para que possam ser removidos e substituídos.

Este tipo de ninho pode atrair várias espécies de abelhas, mas também vespas solitárias que agirão como controladoras de pragas do jardim podendo colectar moscas, lagartas e pulgões para abastecer os seus ninhos.

Estes são os princípios de construção aplicados a um hotel de insectos, como os que se podem encontrar à venda no mercado, são baseados em tubos sobrepostos para fomentar a nidificação de várias espécies de abelhas e outros insectos polinizadores. 

Caso de estudo

aBEElhário 


Desenvolvimento de um receptáculo de ninho de insectos polinizadores | aBEElhário



BEEbedor


Desenvolvimento de um contentor de água para bebedor | BEEbedor

Para este estudo foi desenvolvido um espaço de nidificação e uma piscina/ bebedor, para as abelhas poderem beber água, é intenção deste projecto ajudar na proliferação dos insectos polinizadores habitantes habituais de jardins hortas ou outros espaços verdes, em que os proprietários pretendam que se efectue a polinização das suas culturas e espaços envolventes.

Estes objectos foram pensados para serem produzidos em cerâmica, um material resistente às intempéries, de limpeza fácil, com uma indústria e artesanato significativo em Portugal, sendo um material de preço acessível, aplicado tradicionalmente em algumas culturas na produção de colmeias para a produção de mel.

Este projecto não pretende ser dirigido para insectos produtores de mel em particular, mas para qualquer insecto que o queira adoptar para aí nidificar.

O projecto teve em conta a sua geometria, importante para este tipo de insecto, foi desenvolvido tendo em conta as proporções áureas, pois as abelhas são insectos com um grande sentido matemático e de proporção, na construção de seus ninhos, que assentam normalmente em hexágonos de base piramidal.

geometria de construção





As células dos ninhos de abelhas compõe-se de três planos que se encontram num ponto refere Maeterlinck no seu livro (pág.114) o que permite uma economia grande de matéria (a cera) e de trabalho, segundo estudos consultados neste mesmo livro os hexágonos são constituídos por ângulos de 109, 28º para os ângulos maiores e 70,31º para os ângulos mais pequenos. O autor faz uma comparação entre os favos das abelhas e das vespas, em que ambos os animais constroem favos em forma hexagonal. (pág. 115)

“Por exemplo, para as vespas, que constroem como as abelhas favos de células hexagonais o problema era o mesmo, e elas resolveram-no de modo muito menos engenhoso. (…) Portanto os favos das vespas têm menos solidez, mais irregularidade e representam uma perda de tempo, de matéria e de espaço, que se pode avaliar numa quarta parte de esforço e numa terça parte do espaço necessário”. (Maeterlinck, 1901)

Este projecto tem o intuito de servir para as espécies de abelhas ou vespas, pois ambas são insectos polinizadores. As vespas que são consideradas pragas, (como a vespa asiática) não procuram este tipo de refúgio para nidificar, no entanto, foi também tido em conta as dimensões fisionómicas superiores desta espécie para que a entrada no aBEElhário seja dificultada.

O projecto do aBEElhário foi assente numa base geométrica que assenta numa secção possível de um hexágono, forma comum a abelhas e vespas. A forma base deste projecto é a de um losango visto de cima, e a união de vários elementos pode reproduzir um hexágono. 

secção de construção geométrica do aBEElhário e BEEbedor


Na imagem, está representado o princípio geométrico aplicado a este aBEElhário, exemplificado com várias figuras do bebedor, que é um dos elementos que compõem este projecto de nidificação, o aBEElhário, e o BEEbedor representado na imagem, que são essenciais para que a polonização seja feita

Este princípio está demonstrado numa fotomontagem em que se pode perceber que cada elemento base (no caso o BEEbedor) pode ser dividido em quatro triângulos, dois de base equilátero e se for divido no sentido longitudinal dará duas figuras triangulares isósceles.

A soma dos ângulos de um triângulo é 180º e esta forma é a soma de dois triângulos, o que perfaz 360º na soma dos seus ângulos, equivalente a dizer que a forma tem o mesmo resultado angular de uma circunferência, 360º, dizendo por isso alguns autores, que o losango tem uma circunferência inscrita, sendo esta considerada a forma geométrica plana, perfeita.

A forma da piscina ou bebedouro é a forma mais simplificada do desenho do aBEElhário, o BEEbedor consiste em aproveitar a base do molde de produção do receptáculo para as abelhas, não levando os restantes componentes que fariam da forma o receptáculo de ninhos. 

abelha a beber água 


Para além do contentor de água com a forma de um losango numa vista de cima, o BEEbedor, é composto por três simulações de pedra, também elas feitas em cerâmica, tirando-se partido neste projecto da tecnologia e das exigências do material. A cerâmica para ser cozida tem de ser oca, aqui a técnica usada foi o enchimento, a abertura das pedras ficou para cima permitindo assim que a água entre no interior das pedras e evapore mais lentamente, conservando a água potável para os insectos durante mais tempo. As pedras têm normalmente uma superfície irregular, e são vidradas por cima deixando a cerâmica à vista na parte de baixo, para que a porosidade do material funcione e deixe a água ser absorvida e expelida à medida que vai evaporando, permitindo assim que a água dure mais tempo no bebedor. Se as simulações de pedras não fossem vidradas num dos lados a evaporação da água seria mais acelerada.

A cor das pedras fazem contraste de preferência com a cor do fundo da taça, para indicar às abelhas o limite da água evitando assim afogamentos. Neste bebedor que é visitado por inúmeros insectos que satisfazem a sua sede, nunca foi verificado qualquer afogamento, durante o período de estudo.

Durante o processo de recolha e transporte de pólen e néctar, estes insectos têm necessidade consumir água, seja para a construção dos seus ninhos, no caso por exemplo das vespas de papel, seja para fornecer o alimento às pequenas larvas em que o pólen e o néctar são misturados com água. Nalguns casos a água poderá servir para baixar a temperatura ambiente do ninho, conforme informação de Paulino (2007).

Pedras ocas de cerâmica ajudam na preservação da água no bebedor


O receptáculo aBEElhário

A maior parte das colmeias está assente na base horizontal, poderá estar ou não, assente directamente em cima da terra, o que para alguns materiais não será muito aconselhável, devido ao contacto directo com a humidade e de serem mais sujeitos a pragas e outros invasores, o que obriga muitas vezes a suportes para as elevar do solo. 



colocação do aBEElhário deve ser a 1m do solo

Com já foi referido neste texto algumas espécies de abelhas preferem fazer o seu ninho no solo, mas a maior parte dos insectos polinizadores prefere encontrar locais mais afastados do solo, de forma a garantir mais protecção. Foi a pensar nestes que foi desenvolvido o aBEElhário. Este deve ser pendurado a mais de um metro do solo, é um receptáculo que funciona na vertical, e poderá ser montado numa parede ou numa árvore.

Das espécies existentes em Portugal, as mais prováveis que façam o ninho neste receptáculo serão as seguintes; Abelha solitária (Osmia spp); Abelha de pomar europeia (osmia comuta) 10,6mm; Abelha corta folhas (Megachile rotundata) 10,3mm; Abelha Hera (Colletes hederae) 10mm; Abelha cornuda rara (Eucera nigrescens); Abelhas de pés peludos (anthophora plumipes) 10mm; Abelhão da árvore (Bombus Hypnorum) 11 mm; Vespa germânica (Vespula germânica) 11-13mm; Vespa de papel (Polistes biglumis) 16mm; Vespa europeia (vespa crabro). De uma forma geral serão as espécies que habitam em locais mais escuros e acima do solo, que não necessitem de uma madeira ou um terreno mais mole. A dimensão das espécies de abelhas é importante para que permita a entrada e saída dos insectos residentes mas que evite a entrada de alguns predadores. Neste caso a dimensão da entrada foi de um diâmetro de 10mm.

abelha dentro do aBEElhário


O aBEElhário é composto por duas peças, o corpo do receptáculo e uma tampa de forma de losango, esta tem um batente na parte traseira para ajudar no isolamento de luz e de entrada de água, e uma espécie de pala por cima da entrada, com o intuito de evitar a entrada de água pelo buraco de entrada dos insectos.

Durante o processo de produção, inicialmente a tampa não tinha a aba traseira, mas durante o processo de cozimento no forno as peças sofriam empenos, não assentando convenientemente sobre a peça base.

A peça base é assim como a tampa são apenas vidradas na parte que fica virada para o exterior para permitir mais atrito no interior da peça. Foram aplicados diferentes vidrados para perceber se algum deles atrairia melhor as abelhas, pois elas conseguem distinguir cores. Segundo a publicação electrónica «The Magazine[1]» as abelhas são sensíveis a uma série de cores e a ultravioletas.



[1] MAGAZINE, T. (2020). Como uma abelha vê: um espectro de visão de cores, que cores distinguem e quais não. Retrieved 0utubro, 2020, from https://ao.tomahnousfarm.org/6505-as-a-bee-sees-a-spectrum-of-color-vision-which-color.html

Dependendo das espécies e dentro delas dos tipos de indivíduos e suas funções as abelhas chegam a ter cinco olhos, 2 complexos e 3 simples. Os complexos ajudam na percepção dos elementos próximos e os simples funcionam mais para orientação durante o voo percebendo a orientação solar. As cores que as abelhas melhor distinguem é o branco, o amarelo o laranja e o verde, conseguindo também percecionar o vermelho que podem transformar em ultravioleta servindo-se dele para orientação. 

cores aplicadas


Não foi até à data registado nenhuma preferência em termos de cor que seja revelante. No entanto a colónia maior de vespas instalou-se num aBBElhário com a frente cinza e a pala azul.


Referências Bibliográficas

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[1] Sánchez-Bayo, F. (2019). Insect population faces 'catastrophic' collapse: Sydney research.   Retrieved outubro 2020, 2020, from https://www.sydney.edu.au/news-opinion/news/2019/02/12/insect-population-faces--catastrophic--collapse--sydney-research.html

[2] Fluorfosfato - Agente principal de agro-toxico de algumas marcas de pesticidas.

[3] https://www.wilder.pt/historias/pesticida-banido-da-ue-por-danos-ao-ambiente-e-a-saude-humana/?fbclid=IwAR2_UPIRS0AIO_NOjyWTGMrPsgnfyGLglK8Srma2P-1X8lhfwWIQWTqObfQ

[4] Clortalonil – fungicida usado por agricultores para combater o míldio em culturas como as de batatas, tomate, trigo entre outras culturas.

[5] Moreira, C. F. (2019). Não corte já as ervas daninhas. As abelhas agradecem [Electronic Version]. Retrieved 25 de março 2019 from https://www.publico.pt/2019/03/25/local/noticia/ervas-daninhas-tambem-dao-flores-nao-cortadas-mal-comeca-primavera-1866480?fbclid=IwAR1RRQfxq0gToVLhTapRX8djfNxABsMvxtshN9UhY12kfTiA7Ps--tzHHJk.

[6] Nota do autor: Carla Rego é investigadora do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

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