ALImentáRIO suporte para alimentação suplementar para Aves Selvagens
Existe uma época do ano que os especialistas aconselham a alimentação suplementar para as aves selvagens, que são coincidentes com a época mais fria do ano, sendo mais importante durante o inverno, onde há escassez de comida, aumentando desta forma as taxas de sobrevivência individual e na primavera poderá encorajar as aves a nidificar nas redondezas, melhorando significativamente a sobrevivência dos filhotes nos ninhos.
No entanto a alimentação suplementar pode também ser nociva,
uma vez que as aves como todos os seres vivos necessitam de uma alimentação
variada, e a recorrência sucessiva à alimentação fornecida pelos humanos, pode
tornar a sua dieta menos nutritiva.
Requisitos a ter em conta
Os alimentadores de aves selvagens são muito comuns em
vários países do norte da europa, estando em divulgação nos países do sul da
europa.
Quando se compra um alimentador é importante certificar-se
de que é de fácil limpeza e os acessórios são de fácil desmontagem para melhor
limpeza.
Estes alimentadores devem ser limpos pelo menos uma vez por
mês, sendo o idealmente limpos duas vezes por mês, ou sempre que se encontre
excrementos junto da alimentação. Uma limpeza mais profunda deve ser feita
sempre que acabe a época de alimentação suplementar com uma solução com 5% de
desinfectante.
Os alimentadores devem ter uma protecção superior tipo tecto
para proteger das intempéries, seja chuva ou neve ou mesmo sol em demasia. Zona
de suporte para que as aves se possam empoleirar, e as cores devem ser mais
brilhantes para atrair as aves selvagens. Os alimentadores devem ser colocados
em locais novos com alguma regularidade.
Deve-se ter em atenção a localização dos alimentadores para
não atrair outras espécies de animais como os gatos, esquilos ou ratos, que
podem ser predadores dos próprios pássaros e da alimentação. Os alimentadores
de pendurar serão os mais eficazes, algumas marcas de alimentadores de estaca
resolvem essa questão colocando uma plataforma grande na estaca antes do
suporte de alimentação.
Normalmente os pássaros não gostam de se expor, logo os
comedores devem estar em locais mais abrigados pela folhagem e com
possibilidade de aproximação e de levantar voo desimpedida, e fora de passagem
humana.
Alimentação suplementar
A época propícia à alimentação suplementar situa-se entre
Novembro até ao final de Março.
Não é aconselhável alimentar as aves na primavera e no
verão, pois nesta época as aves tornam-se insectívoras, podendo criar
dependência da alimentação suplementar, principalmente as novas crias, que
devem aprender a alimentar-se sozinhas. Perto do comedouro deve existir água
num bebedouro para permitir lavagens e saciar a sede.
O tipo de alimentação pode variar consoante o tipo de ave
endógena na região.
Sementes de girassol negro, cardo, amendoim podem ser um
suplemento adicionado à tradicional alpista para aves de gaiola, depois dever-se-á
ver se é aceite pelas aves locais.
Alguns pássaros preferem néctar a sementes, como os
beija-flor ou os papa-figos.
A solução de fazer néctar doméstico é possível com uma parte
de açúcar para quatro partes de água, deve ser levado ao lume mexendo sempre,
quando ferver deve ser retirado do lume e deixado arrefecer. O contentor de
néctar deve ser limpo sempre que é usado, para evitar que se desenvolvam
bactérias. Os pássaros não devem consumir néctar infectado. Para temperaturas
amenas entre os 15 e os 21ºC, a limpeza deve ser pelo menos semanal, para
temperaturas superiores a 31ºC, o comedor deve ser limpo diariamente.
Os comedores para sebo (bolas de gordura) parecem-se na
maior parte das vezes com gaiolas paralelepipédicas, ficando as bolas ao longo
do interior, podendo os pássaros agarrarem-se aos arames dos alimentadores e
assim debicarem as bolas no interior. Estes são usados para atrair espécies
como os pica-pau, o (robin) tordo, ou o tordo variado entre outras como melros,
gaios e outros corvidae (espécies de aves que inclui corvos corvelos e gaios
entre outros).
O sebo (suet) ou bolas de gordura, para além das que são
vendidas em lojas da especialidade, podem também ser fabricadas em casa. A base
de sebo pode ser gordura de origem animal, como banha de porco, gordura de rins
de ovelhas ou de gado, há alguns observadores de aves que preferem a gordura de
origem vegetal como margarinas, esta gordura deve ser misturada ainda em
quente, sem deixar ferver, juntar depois uma proporção de medida de gordura
para dois de mistura com frutos secos, como nozes ou pinhões, insectos, larvas,
pedaços de fruta fresca, podendo incluir queijos pouco salgados, o sal não é
digerido pelo sistema digestivo das aves, se necessário juntar um pouco de
farinha para engrossar.
Se for fabricar sebo a partir de gordura animal, Avery
(2020) esta deve ser aquecida lentamente numa frigideira depois de retirar
todos os vestígios de carne ou osso, deve ser mexida lentamente para ajudar a
liquefazer a gordura, depois esta deve ser coada, o melhor possível, através de
um pano podendo ter de repetir a operação para que a gordura esteja o mais
limpa possível, deve evitar-se gorduras mais salgadas. Seguidamente deve
deixar-se arrefecer e misturar os outros componentes alimentares e formar bolas
que poderão ser congeladas até serem usadas. O sebo é um óptimo suplemento
alimentar para as estações mais frias, atraindo várias espécies incluindo
algumas espécies de pardais, quando as aves necessitam de boas fontes de
gordura e calorias, poderá ajudar os pássaros a passarem a época mais fria.
Os ALimentáRIOS são formados por uma base receptáculo de
alimentação em cerâmica vidrada, comum aos dois modelos, seja a geometria em
cruz (ALImentáRIO#1) ou o outro de geometria elíptica, (ALimentáRIO#2) um
suporte em metal que liga a uma cúpula para proteger a alimentação, este
alimentador suplementar é construído com materiais resistentes à intempérie e à
passagem do tempo, pois todos os materiais usados têm um excelente
comportamento em relação ao envelhecimento, exigindo a manutenção mínima de
limpeza com água e detergente. É facilmente desmontado sem necessitar de
ferramentas. Todos os componentes metálicos podem ser reciclados no final do
seu ciclo de vida, que se pretende tão longo quanto possível.
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